*Onofre Ribeiro
Nesse ambiente de terror do pós-pandemia e agora do ômicron, imaginei que poderia falar nesse artigo sobre esperança. Poucos sentimentos são tão fortes e abrangentes como a esperança. Nas passagens difíceis ela é quem garante a coragem de seguir em frente.
A pandemia e os seus desdobramentos acabará em breve. E daí? Viveremos nesse baixo astral eternamente? Gostaria de resgatar algumas percepções a respeito de Mato Grosso, que venho acumulando ao longo do tempo e tive a oportunidade de me aprofundar nelas. Assinalo a baixo algumas delas.
PROFECIA DE DOM BOSCO – sacerdote católico italiano, previu no fim do século 19 o surgimento de uma nova civilização no Centro-Oeste brasileiro, a que classificou de “a terra onde jorrará o leite e o mel. Terra de uma riqueza inconcebível”. A construção de Brasília se inspirou muito nessa percepção. Assisti isso lá.
DALAI LAMA – O atual Dalai Lama deixou o Tibete em 1959, a pátria do nascimento do budismo. Fugia da pressão chinesa que ocupara militarmente o país. Junto com centenas de monges transferiu-se para a Ìndia. Na partida disse: “com a saída do Dalai Lama do Tibete, o coração espiritual do mundo transfere-se para o coração da América do Sul”. Casualmente é no Centro-Oeste brasileiro.
CHICO XAVIER – No livro “Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho”, psicografado em 1939 pelo pregador espírita Chico Xavier, ele prega a mesma percepção.
PRESIDENTE ERNESTO GEISEL – Ao comunicar ao governador José Garcia Neto em 26 de abril de 1977, que Mato Grosso seria dividido ainda naquele ano, o presidente da República, General Ernesto Geisel disse essa frase. Transcrevo a frase exatamente como me disse o governador Garcia Neto. “Doutor José Garcia: eu decidi dividir o Mato Grosso porque o Estado tem tantas potencialidades que um dia, no futuro, poderá ameaçar a soberania nacional como fez São Paulo na Revolução de 1932”.
PRESIDENTE JUSCELINO KUBITSCHECK - “Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino". Já é um fato.
MISTURAS RACIAIS – Do ponto de vista das miscigenações culturais e genéticas a região é um caldeirão de misturas humanas. Cito Mato Grosso. Os migrantes ocuparam o Estado em sucessivas ocasiões desde os bandeirantes. A partir da década de 1970 migrantes de todas as regiões do país, em especial do Sul e do Sudeste. A mistura cultural e humana que se deu, multiplicou a população de 580 mil em 1970 para os atuais 3 milhões e meio de habitantes, nos últimos 52 anos. A maior parte é resultado do crescimento vegetativo entre mato-grossenses nascidos e os migrantes. Já se completou o ciclo humano e espiritual. O ciclo econômico previsto pelo presidente JK e por Dom Bosco está em pleno desenvolvimento.
CONCLUSÃO – O nosso olhar pro futuro não pode ser outro do que não o de absoluta ESPERANÇA. Só lidarmos com o tempo. O futuro nunca deixará de vir.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
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