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CST da agricultura familiar discute a cadeia do leite em Mato Grosso

A próxima reunião está marcada para o dia 4 de julho, às 10 horas. Na pauta a piscicultura mato-grossense


Secretaria de Comunicação Social/ALMT


Fotografia: Ronaldo Mazza

A Câmara Setorial Temática do Fomento as Micro e Pequenas Empresas e Agricultura Familiar da Assembleia Legislativa realizou hoje (6) a terceira reunião da CST. Na pauta foram discutidos a cadeia do leite na agricultura familiar, a micro e pequenas empresas e o programa Mato Grosso Produtivo do Leite.

De acordo com o presidente da CST, Benedito Dias Pereira, a cadeia leiteira é um assunto complexo e por isso precisa ser pautado por políticas públicas que tornem os pequenos produtores de leites visíveis, sendo uma das formas para melhorar a renda desse segmento produtivo.

“É uma questão difícil. A melhora passa pela formulação de políticas públicas voltadas a melhorar a renda dos produtores. O preço é um elemento extremamente relevante na definição da renda. O pequeno produtor sobrevive da agricultura familiar e da sua própria mão de obra. Além disso existe a questão fundiária e assistência técnica, fundamentais para a cadeia leiteira promover a diversidade na produção rural”, explicou Pereira.

O presidente da CST afirmou ainda que, além da política dos preços, outro fator que dificulta a venda dos produtos pelos pequenos produtores é a logística. “Esse é um gargalo que precisa ser superado. Mas para isso é preciso que o Estado participe e ajude o pequeno produtor a escoar sua produção com veículos públicos. O pequeno produtor está, muitas vezes, distante do centro do consumidor. Só o Estado pode contribuir para mitigar esses problemas”, disse Pereira.

O presidente da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite), Dolor Vilela, afirmou que um dos grandes empecilhos do Estado está relacionado à lentidão da regularização fundiária, que segundo ele, é recorrente no Estado. Para ele, é necessário que tenha maior divulgação dos produtos que são comercializados pela cadeia leiteira mato-grossense.

“A regularização fundiária vem sendo feita de forma lenta. É preciso ter mais celeridade nessas ações para que os pequenos produtores tenham acesso a créditos bancários. O outro detalhe é com a falta do marketing do que são produzidos pelos pequenos produtores. Também é preciso que o leite seja inserido na merenda escolar”, disse Vilela.

O diretor de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura em Mato Grosso (Fetagri), Divino Martins de Andrade, afirmou que há demanda em todo o estado. A federação trabalha para manter os produtores no campo. Para ele, há entraves que devem ser sanados como à regularização da agricultura familiar.

“Mas para isso é preciso cobrar dos políticos que são responsáveis pelas construções das leis, e que as normas venham ao encontro dos anseios dos pequenos produtores de Mato Grosso. É preciso que o governo dê prioridade e assistência técnica para suprir as demandas, que os pequenos produtores enfrentam no dia a dia”, disse Andrade.

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