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Comissão debate o Fator Amazônico e a equidade de investimentos públicos


Agência Câmara de Notícias


Foto por: Raphael Alves/Amazônia Real

A Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados debate na terça-feira (6) questões relacionadas ao Fator Amazônico e à equidade dos investimentos públicos. O debate foi solicitado pela deputada Professora Goreth (PDT-AP).

A deputada explica que o termo “Fator Amazônico” ou “Custo Amazônico” é utilizado para se referir aos custos adicionais de logística e transporte que empresas e governos precisam arcar para realizar operações comerciais, infraestruturais ou de serviços na região amazônica do Brasil.

"Esses custos são influenciados pela complexidade da região amazônica, que apresenta uma vasta extensão territorial e um ambiente de difícil acesso, com vastas áreas cobertas por floresta, rios e estradas precárias", afirma.

Professora Goreth acrescenta que na Amazônia a forma convencional de realizar projetos e serviços não funciona. Ela exemplifica que o transporte é feito predominantemente pelos rios e depende da maré. Até as escolas precisam adaptar o horário das aulas ao momento da maré cheia.

"Há estudantes, por exemplo, que passam mais de duas horas diárias navegando os rios amazônicos para chegar à escola e quando chegam ao destino não encontram sequer uma alimentação reforçada, porque devido o custo, na maioria das vezes (se não em todas), crucifica-se a qualidade", diz.

"É de suma relevância para esta Comissão o debate sobre a equidade de investimentos públicos, ou seja, a distribuição justa e equitativa de recursos para investimentos em diferentes regiões e promover um desenvolvimento mais equilibrado e inclusivo", defende.

Foram convidados, entre outros: - a secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Adriana Melo; - a assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Alessandra Cardoso; - o diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, André dos Santos Abdon; e - o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo Pereira.

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